Preconceito
literário, eu tenho! Ou pelo menos tinha. Fazia muito tempo que eu
ensaiava em ler este livro. Por causa do título. Eu achava que
trataria de um tema muito polêmico, e fosse um texto repugnante.
Acertei o tema polêmico. Mas particularmente, deixou de ter essa
classificação pela poesia e pureza de que foi tratado o assunto.
Memória
de minhas putas tristes, de Gabriel Garcia Márquez (Record,
2009, 127 p.) conta a história de um senhor prestes a completar
noventa anos. Ele quer dar a ele mesmo um presente inusitado: uma
garota virgem, bem novinha. Entra em contato com a cafetina do bordel
que costuma – ou costumava – frequentar. Ela consegue lhe arrumar
uma garota como ele queria. E é aí que começa a história.
Recheado de lirismo, nosso Gabo consegue tratar o amor de uma forma
tão pura, tão intensa, tão incrivelmente doce, que é praticamente
impossível não ficar encantado com a história. Como aborda um tema polêmico, o autor consegue tirar um pouco do "peso" do assunto com metáforas belas e suaves.
Em
diversas partes eu tinha que parar de ler para suspirar, para
refletir, para deixar meu braço ficar arrepiado à vontade. O que
era para ser um tema pesado – que acredito, muitos ainda acharão,
apesar de toda a pureza da coisa – para mim, sustentou o tema amor
de forma singular.
Título: Memória de minhas putas tristes
Autor: Gabriel Garcia Márquez
Editora: Record
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