sexta-feira, 13 de junho de 2014

Resenha – Memória de minhas putas tristes


Preconceito literário, eu tenho! Ou pelo menos tinha. Fazia muito tempo que eu ensaiava em ler este livro. Por causa do título. Eu achava que trataria de um tema muito polêmico, e fosse um texto repugnante. Acertei o tema polêmico. Mas particularmente, deixou de ter essa classificação pela poesia e pureza de que foi tratado o assunto.

Memória de minhas putas tristes, de Gabriel Garcia Márquez (Record, 2009, 127 p.) conta a história de um senhor prestes a completar noventa anos. Ele quer dar a ele mesmo um presente inusitado: uma garota virgem, bem novinha. Entra em contato com a cafetina do bordel que costuma – ou costumava – frequentar. Ela consegue lhe arrumar uma garota como ele queria. E é aí que começa a história. Recheado de lirismo, nosso Gabo consegue tratar o amor de uma forma tão pura, tão intensa, tão incrivelmente doce, que é praticamente impossível não ficar encantado com a história. Como aborda um tema polêmico, o autor consegue tirar um pouco do "peso" do assunto com metáforas belas e suaves.

Em diversas partes eu tinha que parar de ler para suspirar, para refletir, para deixar meu braço ficar arrepiado à vontade. O que era para ser um tema pesado – que acredito, muitos ainda acharão, apesar de toda a pureza da coisa – para mim, sustentou o tema amor de forma singular. 

Título: Memória de minhas putas tristes
Autor: Gabriel Garcia Márquez
Editora: Record
Páginas: 127


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